Durante a campanha e no início do segundo mandato, Dilma repetiu à exaustão que “em hipótese alguma” cortaria recursos dos programas sociais criados pela gestão petista. Mas foi obrigada a abrir mão da promessa para tentar recuperar a confiança dos investidores na economia brasileira. Se somados os cortes adicionais em projetos do PAC que ainda não estão definidos, mas que também atingirão a área social, o enxugamento em 2016 pode chegar a R$ 29,34 bilhões.
A maior tesourada foi no PAC creches e pré-escola: o orçamento previsto para o ano foi reduzido em 85,8%. Não haverá novas contratações de unidades no ano que vem.
Investimentos em saneamento terão redução de 71,26% no orçamento do ano que vem. Para a construção de cisternas, foram cortados 40%. O programa para a construção de unidades básicas de saúde perdeu 21,45%.
Na educação, o Pronatec foi reduzido de R$ 4 bilhões da dotação orçamentária prevista para este ano para R$ 1 64 bilhão, na proposta de 2016. Com menos dinheiro, o governo deverá abrir 5,5 milhões de vagas até 2018, contra as 12 milhões inicialmente prometidas. Afetado pela crise e pela alta do dólar o Ciência Sem Fronteiras, que manda alunos brasileiros estudarem no exterior, teve o orçamento reduzido pela metade.
O único dos programas sociais em que não houve corte no orçamento de 2016 na comparação com o deste ano foi o de financiamento estudantil. O resultado do endurecimento das regras de acesso ao programa somente terá impacto nos próximos anos. As tesouras só não atingiram mesmo o Bolsa Família, que manteve o orçamento de R$ 28,8 bilhões em 2016, o equivalente a 2,4% das despesas totais da administração federal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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