Hoje (19), se vivo estivesse, estaria completando 95 anos, o ex-prefeito de São Bento do Una José do Patrocínio Mota conhecido por Zé Mota.
O político, que comandou a cidade por três vezes , num total de 14 anos morreu no dia 15 de abril de 2004, sendo sepultado na cidade que escolheu para viver e fazer parte da história.
Nascido em Pesqueira, 19 de março de 1921, filho de Sebastião Valença Mota e Cira Valença Mota. Casado com Nilda Valença Mota, tiveram 9 filhos.
Por quatorze anos, em três mandatos, exerceu as funções de prefeito da sua - e minha - São Bento do Una, sem ser tocado pela vaidade ou o mandonismo.
Como prefeito realizou muitas obras mas envaidecia-se, porém, de duas:
*PRIMEIRA:
A criação do ginásio municipal, hoje estadual. Para cuja oficialização utilizou os métodos menos ortodoxos, como tomar emprestado a sala de visitas de um amigo para compor o mobiliário exigido pelo órgão homologador. Devolveu as peças no dia seguinte ao da inspeção.
O mesmo fez com laboratório cedido por colégio de padres de cidade vizinha. Necessário, ainda, um número mínimo de alunos, matriculou-se no curso de admissão e com ele fez matricular vereadores, funcionários e amigos. Também adversários, que inimigos não tinha. Suficiente que não houvessem cursado o ginasial.
Acreditava na educação pois durante seu governo construiu o primeiro Colégio da Vila do Espirito Santo, trouxe para a cidade o Curso Técnico Agropecuário e construiu 24 grupos escolares na zona rural de São Bento do Una.
*SEGUNDA: A inauguração do sistema de água encanada.
Participou da construção da Barragem do Bitury e da construção da adutora Belo Jardim-São Bento do Una.
Disse quando planejava a obra: - "Todo o dinheiro da municipalidade vai para a água. Se não colocar a distribuição para funcionar até o fim do mandato vou ser escrachado pelo povo, mas se conseguir chegar lá tô realizado", disse.
Inaugurou. Dizem que no momento do descerramento da placa, ao lado do governador, não resistiu, afrouxou a gravata, tirou paletó e sapatos e mergulhou no reservatório.
Embora orador eloquente, só tinha o curso primário incompleto, comunicava-se com o povo na língua que vinha da boca do povo.
Ao casar, resolveu que nos quatro primeiros filhos que tivesse colocaria nomes cujas iniciais formassem a palavra Deus. Daí, Danilo, Eliane, Uleide e Sara.
Pouco depois, a mulher com quem viveu 53 anos, e continuava a chamar Meu Cravo, engravidou. Gêmeos. Resignou-se: - Agora, vou formar a frase Deus Proteja Esta Casa. Não chegou a tanto. Nove, no total. Todos ex-alunos do ginásio.
FOTO/Orlando de Almeida |
OPINIÃO:
UM GRANDE HOMEM.
Zé Mota foi um politico exemplar, seja pela lisura com que administrou a coisa pública, seja pela maneira como tratava o povo. Sempre esteve voltado para os mais humildes. Passou muita dificuldade, quando prefeito, governou em tempos difíceis, naquele tempo as verbas eram escassas e produto da arrecadação própria municipal.
Mesmo com o passar dos anos os sãobentenses não esquecem e exaltam as qualidades de Zé Mota:
Político e ser humano ordeiro, amigo do povo, honesto, simpático, bem humorado, bom de papo, compreensivo, consultor sentimental e financeiro, bom pai e marido, bom prefeito, grande carnavalesco, bom de boca e além destas qualidades, bom tomador de PITÚ com queijo de manteiga...
Político e ser humano ordeiro, amigo do povo, honesto, simpático, bem humorado, bom de papo, compreensivo, consultor sentimental e financeiro, bom pai e marido, bom prefeito, grande carnavalesco, bom de boca e além destas qualidades, bom tomador de PITÚ com queijo de manteiga...
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