quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Nove hospitais em Pernambuco passam a atender casos de microcefalia

Entre os especialistas que atuam nas áreas de pediatria, obstetrícia e medicina fetal, dificilmente há um que não conheça histórias recentes de bebês com microcefalia ou de mulheres grávidas que tenham recebido, durante um ultrassom, a informação de que o filho apresenta o tamanho da cabeça menor do que o normal para a idade gestacional.

Essa percepção dos médicos é confirmada pelos números apresentados ontem pelo Ministério da Saúde. Já são 739 recém-nascidos que apresentam suspeita da malformação (casos quintuplicaram em 15 dias), que continua a avançar em Pernambuco, onde o número de bebês com microcefalia praticamente duplicou em uma só semana. Agora, com 487 casos notificados e 27 de outubro a 22 de novembro (desse total, 175 já foram confirmados), o Estado percebeu que está mais do que na hora de ampliar o atendimento aos recém-nascidos, gestantes e famílias.
Agora o Hospital Barão de Lucena passa a fazer parte da rede de referência para os bebês, a fim de reforçar o trabalho que vem sendo realizado pelo Hospital Universitário Oswaldo Cruz e pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – este último passará também a atender as gestantes com ultrassom indicativo de microcefalia. Ainda para as grávidas, será oferecido apoio no Hospital Agamenon Magalhães e no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros. “O Estado passará a fazer notificação imediata dessas grávidas e também daquelas que, independentemente de ter ultrassonografia sugestiva de microcefalia, apresentarem manchas vermelhas na pele”, diz a secretária-executiva de Vigilância em Saúde de Pernambuco, Luciana Albuquerque. 
Além disso, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) indicou três unidades de referência no interior de Pernambuco para atendimento de grávidas e crianças com a malformação. No Agreste, o suporte fica com o Hospital Jesus Nazareno (grávidas) e o Hospital Mestre Vitalino (bebês), em Caruaru. Já no Sertão, entram como referências o Hospital Regional Professor Agamenon Magalhães, em Serra Talhada, e o Hospital Dom Malan, em Petrolina. Ambos receberão bebês e gestantes. “Também já estabelecemos que as grávidas com diagnóstico em ultrassom indicativo de microcefalia receberão acompanhamento psicológico pelo município”, acrescenta Luciana Albuquerque.

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